segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Eu não vou contar essas histórias para os meus filhos

Eu sei a música que vou cantar para niná-los, sei as roupinhas que eu gostaria que usassem, sei tudo que têm que comer, mas não, essas histórias de príncipes encantados eu não vou contar!
Eu não quero que cresçam com esse conceito de felicidade que eu tanto odeio, esse que diz que a gente deve esperar um príncipe encantado, em um cavalo branco, para levar a gente para uma vida maravilhosa em um castelo.
Por que a felicidade tem que aparecer impecável, conduzida pela mão por um título de nobreza, hoje em dia substituído por um sobrenome?
Ai, como isso me irrita! Como me irrita saber que um carrão, o antigo cavalo branco, chama mais atenção que um coração. Que o nosso assunto, a nossa conversa, nossas idéias, são facilmente vencidas pela nossa aparência.
Sei lá quais são as histórias que contarei, mas castelos não estão nos meus planos, até porque nunca contam o final verdadeiro dessas histórias, gente morrendo de tédio em um castelo escuro, colocando alarme e trava no cavalo para não ser roubado e passando a vida juntando grana pra blindar o coitado do cavalo. É princesa estressada com o calor e o vestido de sete saias, explodindo no espartilho, é príncipe pagando mico de legging e casaco de ombreira com franja.
Nunca falam em fazer análise né? Mas eu garanto que a nobreza passava horas no divã.

Ouvindo:

Blues da piedade
(Frejat / Cazuza)

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Ela bem que tentou alcança-lo



Porém, a distância dos mundos era muito maior do que a menina imaginava.

Sobre a moça da bolsa grande

A primeira vez que a vi já se mostrou diferente do que eu esperava, afinal professoras do curso de economia têm um ar sério, um comportamento contido. Ela se apresentava sentada sobre a mesa de professor com uma saia hippie e uma toquinha de crochê.
Era colorida das meias aos olhos, olhos estes de um azul cor do céu, conciliava, na medida certa, palavras doces e broncas. Carregava um bolsão gigante, só menor que o próprio coração.

(é pra Kel)

sábado, 12 de janeiro de 2008

Para o meu melhor amigo

É pra cá que eu corro
Quando eu quase morro
De rir ou de chorar

É aqui que eu tenho
Sempre um abraço carinhoso
A sinceridade de uma amizade
Que nunca vai acabar!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

De tanto correr, perdi as fitas do cabelo

E agora é assim, bem escabelada que eu dou risada!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008