Uuuuufaaaaaa! Não é nada fácil pintar 150 bolinhas azuis, minúsculas, em dia úmido, para quem tem tendinite, bursite, renite, sinusite... Opa! Me empolguei.
Quase que minha tarde se resumiu nisso. Ainda bem que meu timão salvou derrotando o Inter (cué).
Adentrei o colégio São José vestindo uma linda camiseta com outra bolinha azul, a do Grêmio, sim ela é uma lindura mais lindezuda que existe (por que será que essas palavras ficaram sublinhadas de vermelho aqui no Word? Relevemos). Cheguei mais perdida que bala na Rocinha, segundo o populíssimo ditado, meu mesmo, que quase ninguém profere (relevemos novamente). Eu não sabia a sala, não sabia onde se procurava e ainda estava atordoada (depois de levar um não bem redondo no meio da cara) falando no celular (relevemos pela terceira vez).
Depois de estranhar um gabarito com duas opções, certo e errado, comecei a responder às intermináveis 150 questões do concurso do Banco do Brasil, a sim, ia esquecendo, nesse momento eu já sabia que as respostas só poderiam ser com caneta preta. E ai?! Pensaram no porquê do título? Sim! Fudeu! (Desculpa mãe?!) Eu só tinha caneta azul, uma amiga tentou me emprestar uma preta. Incrível né? Encontrar uma amiga, na minha sala e com duas canetas pretas. Pena que uma delas estava falhando e a amiga pediu a que tinha me emprestado de volta (cué para mim agora). Foi então que resolvi perguntar em voz alta se podia ser caneta azul, já que muita gente tinha vááááááárias canetas pretas dando sopa em cima da mesa (que gente paranóica) e me veio a palavra solidariedade na cabeça. A fiscal só disse que era para ser como estava na folha de respostas (estava escrito CANETA PRETA em fonte 72 eu acho). Nesse momento ouvi um barulhinho bem sutil, eram meus colegas de sala escondendo as canetas pretas que tinham de sobra e uma luzinha piscando na cabeça de cada um. Ela ascendia e apagava um letreiro que dizia assim: Um candidato a menos! Um candidato a menos!
Apertei bem os olhos fazendo cara de mau e mentalmente coloquei a língua para todos (relevemos pela quarta vez).
O relógio correndo, o jogo quase começando, eu ali pensando o que vem depois do “venha a nós o vosso reino”?, tudo calmo e sereno aparentemente, eu marcando quase a centésima quadragésima bolinha da folha de respostas, depois de ter colocado três no lugar errado, foi então que em meio aquele silêncio todo escuto uma pessoa na rua falar assim: “Que droga que uma errada anulava uma certa né?”
O quêêêêêê???????????????
Puta que pariu! (Desculpa de novo mãe?!)
Pois é! Óbvio que eu devo ter feito MENOS 150 pontos, quase perdi de ver o jogo, quase perdi de ver meu filme que tinha que entregar hoje, quase morri de dor nas pernas sentada em uma cadeira da terceira série (eu tenho 1,71 m) e tudo isso para quê?
Para eu aprender que no próximo concurso ou eu vou com uma camiseta escrito “no próximo eu estudo”, ou eu leio o edital, estudo e compro uma caixa de caneta preta e fico tão paranóica quanto meus concorrentes.
Texto escrito ouvindo todo o CD da Vanessa da Mata (que estou gravando para um amigo) e aumentando o som na faixa 9, História de uma gata (mas acho que isso não interessa para ninguém).
domingo, 16 de setembro de 2007
150 bolinhas azuis
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3 comentários:
Fazer concurso sem nem ao menos se dar ao trabalho de saber a cor da caneta?!
Assim não pode! Assim não dá!
(copyright by FHC)
Acho que tu nem queria passar mesmo.. é o incosciente dizendo que podes ganhar bem mais que 800 reais e vale-fome!! Que venho proximo concurso: da Receita que paga uns "milsss" beijossss
ps: que timão hein?!?!
Contando desse jeito foi uma piada mesmo... Não dá nada, viva o PUÁ!!!
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