domingo, 30 de março de 2008

Liguei a confusão

Assim como quem fecha os olhos, como se colocasse fones nos ouvidos, como se diminuísse a luz. Só respirando. Dá para sentir essas sombras escuras mexendo no meu cabelo e nem bola. Dá para sentir uma correria presente e eu totalmente ausente. Dá para sentir distância, logo aqui, na ponta dos meus dedos, esses dedos que agora só carregam unhas escuras. Dá para sentir saudade, saudade nem sei do quê. Dá para sentir gostinho e dá vontade de cuspir. E tudo que eu preciso cabe no meu abraço, mas não vou abraçar, recolhi os carinhos. E dá para lembrar uma coisa que eu tenho que esquecer e que não é de ninguém, só de mim. Só! E não te conto. E não te deixo pistas. E não pense que lendo entenderás. Estranhas interpretações... Eu já esperava! Ah! Se soubesse o que eu esperava...

(viagem de bebum)

2 comentários:

Anônimo disse...

"Dá para sentir saudade, saudade nem sei do quê."

Engraçado é que, mesmo sendo homem (que em geral não atina para essas coisas), eu também sinto isso de vez em quando...
E é uma sensação que dá uma certo prazer mas que também machuca.
Um jantar à luz de velas e uma taça de vinho ajuda muito nessas ocasiões.
Tem coisas que toda mulher deveria ter na vida. Uma delas é, sem dúvidas, um jantar à luz de velas.
Bjs
Horácio, o sentimental.

Magda disse...

Horáááácio, vou te apelidar de Mestre dos Magos, lembra dele? Era um personagem do desenho Caverna do Dragão. Ele sumia um tempão e quando voltava sempre era enigmático e cheio de palavras bonitas hehehe

Bjo, boa semana!