terça-feira, 23 de novembro de 2010

Avalanche Suíça

Minha desconhecida habilidade culinária e meu conhecido jeitinho de improvisar me fizeram criar essa receita.
Eu me viro bem na cozinha, embora nunca comente isso, até porque nunca tenho espaço nela, visto que minha mãe domina muito bem a arte e pratica com gosto, sendo assim eu fico naquela confortável posição de degustadora.
Nesse feriado TENTEI fazer batata suíça, que eu comi lá em Montevidéu nessa minha última viagem. A expectativa da galera era grande e a fé da minha mãe, de que tudo daria certo, se restringia a uma dúzia de ave marias na volta do fogão. Pois bem, foi pouco, reza mais mãe!
Para fazer batata suíça a gente tem que cozinhar a batata, deixar esfriar e depois ralar ela. Quando a raspadinha de batata estiver pronta a gente coloca metade disso em um frigideira untada, coloca um recheio a gosto e depois cobre com a outra metade. Põe outra frigideira untada encima e vai virando na boca do fogão naquele estilo omelete.
Beleza, lá vou eu.
Até a parte do monta a gororoba tava tudo tranqüilo, mas a intensidade da reza da mãe aumentava bastante conforme se aproximava a hora de virar as frigideiras. Resultado: ela é vidente!
Naquele momento que eu tanto precisava de habilidade consegui virar as frigideiras desencaixadas e lá se foi, pra cima do fogão, um punhado de batata, requeijão, azeitona, queijo parmesão, cenoura cozida e orégano. A cara de “acabou com o almoço de domingo” surge em um segundo no semblante das pessoas quando uma coisa assim acontece. Debaixo de vaias e tomatadas juntei tudo, joguei em uma forma untada, joguei mais queijo, mais requeijão, joguei pedra na Geni e cobri tudo com muito queijo cheddar. Depois coloquei o despacho no forno por uns 15 minutos, ou 20, ou 25, não sei, aconselho forno com porta de vidro e ficar cuidando.
Resultado: ficou tão bom que não deu tempo de fazer uma foto do prato antes de ser devorado, tudo bem já eram duas da tarde e a galera faminta aumentou meu prestígio e glória.


4 comentários:

Ingrid Islabão disse...

Deixar as pessoas com fome faz elas gostarem da comida UAHEUAEHUEAHEAU.
Foi o melhor DESPACHO que eu já comi u_u.

Fabrício disse...

Mas tá com uma cara muuito boa esse manjar! Fiquei na vontade, mas eu sou mesmo uma negação. Mas tem uma massa cozida no molho que eu faço que é uma beleza. :)

Anônimo disse...

Oi.

Você conhece um tipo de "torradeira" que tem o formato do pão cacetinho??? É para fazer a torrada sobre a chama do fogão.

Então, se você não tem um frigideira de 2 partes(aquelas que são unidas) você pode utilizar a torradeira de pão cacetinho.

É claro que a sua tortilha vai ficar de tamanho individual, mas dá certinho. Você consegue montar a tortilha e rechear e depois cobrir com outra parte de batatas. E aí você coloca sobre a chama do fogão e vai girando e ela fica com 2 lados bem douradinhos.

Em Pelotas essas torradeiras são vendidas na Sulpar ou naquela loja em frente ao supermercado Paraíso ( na Deodoro, entre Floriano e 7 de Setembro).


> Ah, na 1º vez que usar a torradeira para fazer a tortilha tem que untar com bastante manteiga ou margarina, porque se não a batata fica grudada. E quando você lavar a torradeira, depois de secá-la você dever untar ela com azeite e levar para aquecer na chama do fogão. Deixe por alguns minutinhos e depois guarde ela assim. Untada mesmo.

Minha mãe faz isso, e aí nada vai grudar nela. Acho que isso fica como um impermeabilizante,sei lá.
Só sei que minha mãe faz e a torradeira tá limpinha e nunca grudou nada.

Bruno disse...

O que sobrou até que está com uma cara boa! Mas a tática da fome é infalível, sem dúvida o melhor tempero!

Mais um ponto (esse tem peso 2) para a Magda:

Fotografa
Poetisa
Mestre Cuca

Bom fim de semana!