terça-feira, 5 de outubro de 2010

A gente tem o gosto do que gosta

Eu que escolho o meu sabor, desde o hálito com essa minha balinha preferida até o sabor de bagunça que tem o meu penteado. Se tem sabor de estranho nos meus sapatos e de florzinha de retalho na lapela do meu casaco, se tem sabor de conforto no meu jeito de andar e sabor de interesse no meu jeito de te ouvir é porque eu escolhi assim. O que eu gosto de fazer, de usar e de falar vai deixando o meu gostinho, exposto para atrair quem goste de mim. E se eu te prendo a atenção é porque, não sei se direta ou indiretamente, eu quis assim, gostando do que tu gostas, fácil assim.

2 comentários:

.raven. disse...

Nossa simplicidade detalhista ;)

F. disse...

Hoje pensei nos colibrís viciados em água com açúcar das flores de plástico. Tanta flor de verdade, o doce é mais sutil e elas vivem! Adoecem os que bebem da mistura velha e morta. Diz a eles que há jardim e a parcimônia prevalecerá.