quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Sobre o mal-estar

É quando as borboletas do meu estômago batem as asas com mais força que fazem levantar, como poeira, todos os desaforos que eu engoli.


Obrigada pelo chazinho às 4 horas da madruga mãe ;)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Cartinha para o Papai Noel

Querido Papai Noel é com um certo constrangimento que lhe escrevo esta, pois venho, como todos, pedir.
Posso fazer uma pergunta antes? O senhor já recebeu alguma cartinha de agradecimento?
Bom, não sei por onde o senhor pode me responder, mas creio que já sei a resposta. Eu vou escrever a cartinha e deixar na internet, pois é mais barato que sedex para o Pólo Norte, pelo que andei me informando, se o senhor quiser pode me responder da mesma maneira, um dia eu a encontro.
Voltando ao motivo da minha escrita, gostaria de pedir para o senhor não entregar presente na casa de ninguém.
Ta, clama Bom Velhinho, não desmaia, eu não sou malvada e nem estou escrevendo isso para ver criancinhas chorando. Eu só queria que o Espírito de Natal não fosse substituído pelo do consumismo, que, aliás, o senhor é o maior símbolo, sem ofensas. Não queria ver gente de beiço porque não ganhou o presente mais caro ou o mais chamativo. Não queria que a gente deixasse de aproveitar a quem temos para aproveitar o que temos. Não queria que a gente gastasse todo nossa grana em tanta futilidade hipnótica que nos faz esquecer quem ainda passa fome numa noite tão linda como essa.
Queria que prevalecesse a fraternidade e a caridade, que a gente recebesse sinceros abraços, que valorizássemos a quem temos, mas eu queria isso para sempre, o senhor ta me entendendo? Só no Natal não me adianta!
E não querendo abusar do senhor, mas já pedindo outra coisa bem barbadinha, será que o senhor pode colocar quebra-molas em todas as estradas de todo o mundo? Pessoal ta se matando no asfalto mais que em guerra sabia?
Ah, mais uma coisinha... Anão não tem família? Coisa feia fazer eles trabalharem toda noite junto do senhor e não deixar eles passarem as comemorações em suas casas. E o serviço de proteção aos animais nunca lhe procurou? Deve ser uma barra passar a noite carregando um velhinho obeso e um saco de presentes pesados. Ta, parei! Amigo, amigo...




FELIZ NATAL PESSOAL!

domingo, 23 de dezembro de 2007

Jardins

Eu esqueço do meu e-mail. Esqueço de apagar spam, esqueço de ler tudinho e isso me deixa muito mal, porque quando menos espero uma coisa bonita dessas está lá, esquecida...

jardins

oi, magda! e aí? venceu alguma vez o jogo do papel de bala? hehe
depois que tu saiu eu entrei no site do rubem alves, um desses professores admiráveis que a gente conhece por acaso, e li este texto sobre jardins e pensei em te mostrar. aí vai o link pra tu leres quando quiseres. http://www.rubemalves.com.br/jardins.htm

um beijo do fah!


Obrigada Fabrício!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Momentos inesquecíveis da minha infância

Capítulo 7 - Minha estranha doença

Com seis anos de idade eu tive rubéola, paralelo a este fato, mais dois acontecimentos se sucediam:
Primeiro: No fim do ano seria minha formatura no prézinho;
Segundo: Minha irmã fazia um regime.

Hã? Hein? Cuma? O que uma coisa tem a ver com a outra?
Calma gente eu explico...

Para esse mega-evento infantil eu precisava de uma roupinha, a famosa toga, então a mãe tinha que me levar na costureira para fazer a tal.
Eu ouvia as conversas acerca do regime da minha irmã, não lembro da receita desse regime, mas uma frase eu gravei: “Agora Mônica, tu comes muitas saladas, faz umas com RODELAS DE TOMATE e blá blá blá...”.
Da rubéola eu lembro menos ainda, só sei que me apareceram umas bolinhas vermelhas na barriga.
Ocorre que no dia que fui na costureira, tirar minhas míseras medidas, tive que levantar a camiseta. Quando as bolinhas apareceram a senhora me perguntou: “O que são essas bolinhas na tua barriga Magda?”
A mãe tava entretida olhando uns tecidos e não pôde me dar cola, então sem lembrar a resposta direito e fazendo uma desastrosa semelhança entre o nome da minha doença e os ingredientes do regime da Mônica, eu respondi convicta: “TOMATITE!”

O quê???

Ops, rubéola é parecido com rodela e não com tomate.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Sobre os sentimentais

Não fala assim dela, ela não é “grudenta”!
Ela só tem amor em abundância e um coração doce como açúcar, isso que faz ela ficar colada em ti.


“Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria.”

Sobre a minha capacidade de estragar tudo

Ela é imensamente grande e espontânea, por mais que eu me esforce para fazer uma coisa mimosinha geralmente a coisa se transforma em catástrofe, desaforo, birrinha e por ai vai.
Um exemplo disso aconteceu hoje, quando fui fazer um pratinho para o Nana, lembram dele né? (“Miniflashback”: É o passarinho que me visita aqui na janela do meu quarto). Como ele não consegue se equilibrar na janela, só na grade, eu resolvi pendurar um pratinho na grade, com alpiste, para ele conseguir comer. Acreditem, meu pratinho branco e grande demais serviu de espantalho e agora o Nana ta lá longe com medo do fantasma que eu criei.

Eu só queria que ele não ficasse com fome!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Me-me-me-di-di-nho

15:13 Magda liga para o Banco Real.
15:15 Alguém atende (sim, ta meio demoradinho para atender lá no banco e aqui foi onde achei para protestar).
15:15 Depois de toda aquela musiquinha, Magda pede: - Boa tarde! Posso falar com aquele rapaz que é responsável pelo envio de TED? Esqueci o nome dele, é André? Alex?...
15:15 A atendente responde: - TED é com o ARNO, vou te passar, só um minuto (que se transforma em 4).
15:16 Magda empalidece.
15:17 Magda fica muda.
15:18 Renata pergunta: - Te deixaram na espera?
15:18 Magda responde: - Renata, aconteceu o que eu temia! Já estão trocando os funcionários por máquinas, agora quem faz TED é da marca ARNO!


Eu estou lendo 1984, acredito que isso me ajuda a viajar na idéia de substituição, conspiração, hipnose... Recomendo, e muito!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Eu queria ser poeira


Para ser sempre pequena e passar o dia virando cambalhotas no ar.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Sobre o valente que usava meias de Mickey Mouse

Todos aqueles gigantes olhavam apenas n'altura dos próprios olhos, apressados e impacientes, andando em fila única, em uma marchinha com ritmo ditado pela velocidade dos caixas bancários.
Entre irrequietos pés, que batiam em oposição à lentidão da fila, revelou-se um grande corajoso, com aproximadamente um metro e meio de altura e um par de meias do Mickey, de um amarelo que não passava despercebido.
Alheio àquelas vontades de apressar o ritmo, e sem relógio para olhar de dez em dez segundos, ele preferiu usar seus doces olhos cor de primavera para observar os outros, sua coragem fazia com que encarasse a qualquer um com a mesma pureza.