quarta-feira, 18 de julho de 2007

Aventure-se no supermercado Nacional

Bateu uma fominha e de mãos dadas com ela veio meu vício na coca-cola, sendo que eu me encontrava em frente ao supermercado Nacional (que mais parecia um formigueiro) resolvi entrar e comprar umas coisinhas.
A aventura começa na entrada, quando a simples tentativa de pegar um carrinho pode se tornar uma cena de luta livre. Tudo bem – pensei - um cestinho pode ser melhor mesmo, deixa essa gente se matando ai.
Então entrei! Orgulhosa de meu cesto com resto de beterraba, mas que me deixava mais ágil em meio aqueles corredores que lembravam aquele brinquedo auto-choque.
Opa! Desculpa? Com licença?! Com licença?? Com licençaaaa??? (Será que ela é surda?) Melhor fazer a volta no corredor! Ué! Trocaram os salgadinhos de lugar? Moço onde estão os salgadinhos? Na fiambreria. Respondeu-me o atendente. Na fiambreria? (não entendi). Nesse minuto imagino que ele também achou que eu era surda. Bom, vou lá na fiambreria então né... Que estranho, que portinha mais estreita, tá, mas é aqui a fiambreria, sempre foi aqui! Mas, por que tem uma porta pra entrar na fiambreria? Como passa um carrinho aqui? Opa, opa, opaaaa, e essa mulher de branco aqui do meu lado??? Uma fila com umas 15 pessoas começa a rir da minha cara porque eu me encontrava pelo lado de dentro da fiambreria.
Suuuuuper disfarçadamente eu vou saindo de ré na ponta dos pés com o rosto de uma cor assim, como poderia dizer, vermelho tomate sabe?
Queria alguma coisa moça? Tem que entrar na fila! Assim me falava a tal de branco e eu me fiz de surda e louca e sai a passo. Ai meu Deus, que mico! Será que tinha algum conhecido naquela fila?
Vou comprar outra coisa pra comer... Hum... Ali, achei, salgadinhos cheios de conservantes, vai isso mesmo... Socorro! Meu Deus, que manada é essa vindo em minha direção e correndo atrás de uma zorra cheia de caixas de leite?
PROMOÇAÕ, LEITE R$ 1,85.
Não, não, nãããão, eu tenho que passar aqui, se eu fizer a volta vou passar lá na fiambreria de novo. Com licença?! Licença?! Só um pouquinho! Licença?
Moça, tu vais levar essa caixa ai que tu tá segurando? Perguntou-me uma senhora.
Não, eu não tô segurando, só tô me equilibrando e não vou levar. Respondi.
ENTÃO SAI DAÍ PORQUE EU QUERO ESSA CAIXA! Falou-me a delicada senhora.
Quando consegui o pacote de salgadinho me agarrei como se fosse a última coisa que ia comer na vida, fui comprando mais umas coisinhas, sempre tentando desviar da fiambreria, mas todo mundo que passava por mim e meio abria um sorriso eu pensava “esse tava na fila”.
Falando em fila... Que filas são essas? Pô! Vou ficar uns 30 minutos aqui no caixa, que droga! Ah mas tudo bem, coitada daquela ali ó, com o sapato machucando, eu pelo menos tô de tênis né!
...
...
Tchananam...
...
Melhor trocar o cestinho de mão, sabe né, em 15 minutos um quilo se transforma em 5 quilos? É uma mágica! A moça do sapato machucando me olhava com cara de “coitada, eu pelo menos tô com carrinho, não preciso ficar segurando um cesto uns 30 minutos”.
...
Fiufiufiu, trululu.
...
Pára de me olhar desgraçada, te concentra nesse teu sapato mega moderno e desconfortável!
Ai meu Deus tô perdendo minha paciência!
PESSOAL ESTRAGOU O CAIXA, PEÇO QUE VOCÊS SE DIRIJAM AO CAIXA AO LADO! Adivinha quem gritou isso? Meu caixa, lógico!
Se alguém furar minha frente eu furo os olhos, tô avisando aos que conseguem ler pensamentos hein!
- Encontrou tudo que procurava? Perguntou meu novo caixa.
- É, sei lá, deu vontade de levar um chazinho de cidreira, será que tem como?

2 comentários:

Anônimo disse...

cara, senti que vou me divertir muito por aqui... Mal posso esperar! AUIEEHUHE

Beijinhos!

=> FARINHA, Daniel Buriol - Colega do "olmedo"

Anônimo disse...

puxa no meio dessa confusão então tu não conseguiu ouvir a musiquinha... na na na na ... na na na na... é a melhor parte! (traduzindo: na na na na parece dizer: não há problemas lá fora, aqui você está seguro, a brisa sacode seus lindos cabelos e vc caminha em camêra lenta por corredores multicoloridos, entre aromas de flores e guloseimas. é muito engraçado. Sempre começo a rir sózinha neste mercado qdo essa música toca. me sinto meio imbecil por estar ali. Da próxima vez não vá embora sem ouvir a musiquinha... na na na na... hehehehe (Mônica)